DISCLAIMER: Os textos escritos nesse blog são escritos por pessoas comuns, sem IA, sem roteirização e sem correção. A gente escreve o que vem à mente e, possivelmente, teremos erros de concordância, digitação, gramática, entre outros. Então por favor, ignore esses pequenos poréns e tente desfrutar da história pelo conteúdo que ela agrega, não por uma análise crítica da estrutura do texto! =)
A gente nunca planejou virar nômade digital!
A gente nunca planejou virar nômade digital.
Não foi algo que saiu de um curso, de uma mentoria, nem de um vídeo de “como trabalhar viajando pelo mundo”.
Nossa história começou de um jeito totalmente diferente — e, pra falar a verdade, bem mais bagunçado também.
A gente faz muitas lives no TikTok. Um dia, perguntaram pra gente:
“Quem é a inspiração de vocês pra serem nômades?”
A gente parou por um instante, pensou, pensou… e sim, lembramos quem é!
Lá no comecinho dos anos 2000 (meu Deus, como a gente tá velho), a gente assistia na Record um cara chamado Álvaro Garnero, apresentador do programa 50 por 1.
Ele viajava o mundo e mostrava tudo o que cada país tinha de melhor.
Teve até uma série chamada 80 por 5 (ou algo assim), onde ele e uma companhia — que a gente já não lembra quem era — rodavam o mundo em 80 dias.
A gente achava aquilo sensacional.

A real é que a gente sempre gostou de viajar.
Nossa primeira internacional juntos foi lá em 2012: fomos para o Líbano, com uma passadinha rápida na Itália. Foi incrível.
Alguns anos depois, em 2014, a gente morava em São Paulo. Estávamos bem estabilizados: empregos bons, carro, apartamento, tudo caminhando direitinho.
Mas cada dia que passava, a rotina começava a incomodar. Mesmo a gente sendo do tipo que ama rotina, algo não estava certo.
O estopim foi num dia comum, indo pro trabalho.
Pegamos um trânsito absurdo na Avenida 23 de Maio. Lá na frente, no meio daquele mar de carros, a gente viu dois homens batendo de vidro em vidro, assaltando os carros parados.
De alguma forma que a gente não sabe explicar, conseguimos sair dali.
Naquele dia, no meio do susto e da revolta, tomamos uma decisão:
o Brasil não era mais pra gente.
Decidimos que iríamos morar fora.
Fomos pra Irlanda, como intercambistas.
Depois, Portugal.
Depois, Croácia.
Depois, Portugal de novo.
Foi nessa segunda temporada em Portugal que o Mathias conseguiu seu primeiro trabalho remoto.
Ele começou como tradutor de textos para um portal de criptomoedas.
Trabalhar de casa foi uma experiência sensacional.
Nesse meio tempo, que deu mais ou menos uns dois anos, a gente também realizou um sonho antigo.
Tiramos nossa cidadania europeia.
E então, voltamos pra Irlanda — agora como residentes legais.

Na Irlanda, por volta de abril de 2020, estávamos empregados em grandes empresas. Mas aí veio a pandemia.
Lockdown.
Todo mundo pra casa.
Desde então, a gente nunca mais voltou pro escritório.
O trabalho remoto virou o novo normal.
Depois de sete anos morando na Irlanda, trabalhando de casa e seguindo uma rotina que, por fora, parecia perfeita…
A gente começou a se perguntar:
é só isso?
Tínhamos uma casa confortável, renda estável, segurança, amigos por perto…
E mesmo assim, parecia que alguma peça não se encaixava mais.
O céu da Irlanda, quase sempre cinza, começou a pesar.
O frio constante, que no início era até charmoso, virou desânimo.
E a vida, que antes parecia estar no lugar certo, começou a ficar apertada por dentro.
Foi aí que surgiu a ideia de tentar algo novo.
Decidimos, em poucos dias, que iríamos pra um país europeu, onde se fala inglês, tem clima quente, quase não chove, tem praia por todos os lados e ainda boas oportunidades de trabalho.
Parece mentira, né?
Mentira não era.
Mas também não era o que a gente esperava.
Malta parecia o sonho mediterrâneo ideal.
Sol o ano todo, água azul cristalina, arquitetura histórica, clima quente e uma vibe europeia diferente.
A gente queria mais luz, mais leveza.
Achamos que Malta seria o novo lar que a gente tanto procurava.

Mas não foi bem assim.
A mudança foi grande, claro. Mas sabe aquela expressão “não ornou”? Então…
Malta é linda. Mas a sensação era de estar vestindo uma roupa bonita que não era feita sob medida.
Faltava pertencimento. É difícil de explicar.
A gente tinha um apartamento incrível. Fomos os primeiros moradores, numa cidade tranquila, a 200 metros do mar.
Empregos bons, tudo remoto. O que poderia dar errado?
Nada deu errado. Só... não ornou.
E, pela primeira vez, começamos a entender que talvez o que a gente procurava não era um novo país, mas um novo estilo de vida.
Foi aí que tivemos uma ideia:
Vamos pular de país em país. Ficar uns 3 meses. Ver como é a vida. E, se for legal, a gente fica pra sempre.
E foi isso que fizemos!
Começamos a viajar.
Testamos climas, culturas, fusos horários e idiomas.
Quanto mais a gente se movia, mais a gente sentia:
“Aqui é bom... mas e se ali for melhor?”
E aí a ficha caiu:
nós já éramos nômades.
Mas calma...
Isso não quer dizer que a gente sabia o que estava fazendo.
Pelo contrário.
Começamos essa fase com quatro malas de 32 kg, duas de 10 kg e mais duas mochilas.
Sim, você leu certo.
Era como tentar mudar de vida... carregando a antiga nas costas.
Levamos tudo:
Roupas de todas as estações, calçados aleatórios, casacos de neve (mesmo indo pro sudeste asiático!), utensílios de cozinha, livros, cabos, remédios, lembranças, a famosa tralha — e aquela ideia de “vai que a gente precisa”.
Só que a estrada ensina.
A prática educa.
E o peso cobra.
A cada check-in, uma crise.
A cada escada sem elevador, uma reflexão.
A cada excesso de bagagem, uma pequena revolta.
Foi aí que começou um dos maiores aprendizados que a vida nômade pode trazer:
a lei do desapego.
Fomos deixando, doando, vendendo, esquecendo, abrindo mão.
Com cada coisa que ficava pra trás, a gente se sentia mais leve — por fora e por dentro.
Entendemos que o nômade não leva tudo o que quer.
Ele leva o que precisa. E muitas vezes... nem isso.
Hoje, a gente vive com duas mochilas cargueiras e duas mochilas de ataque.
E quer saber?
É mais do que suficiente.
Não temos prateleiras cheias, nem cômodas lotadas.
Mas temos tempo, liberdade, histórias e movimento.
Entendemos que casa não é lugar fixo.
Casa é onde a gente se sente em paz.
Onde a internet funciona.
Onde tem um cantinho bom pra sentar com o notebook e criar.
Casa pode ser uma cabana na montanha, um estúdio em Kuala Lumpur, ou um café com tomada na Tailândia.
E o mais importante:
casa pode mudar.
Hoje, olhando pra trás, a gente percebe que não virou nômade de uma hora pra outra.
A gente foi se tornando.
E mesmo agora, a gente ainda está aprendendo.
Aprendendo que rotas podem mudar.
Que nem todo país serve pra todos.
Que às vezes a gente acerta. Outras, erra.
Mas em todas as experiências, a gente cresce.
Essa é a nossa história.
O começo de tudo.
O momento em que deixamos de procurar um lugar no mundo…
E decidimos viver com o mundo.
Sejam bem-vindos ao nosso blog, ao nosso espaço digital, à nossa vida Sem Fronteiras.
Aqui, a gente compartilha o que o GPS não mostra: os bastidores, os perrengues, os aprendizados e o que realmente importa nessa vida em constante movimento.
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